É a consciência, seguida da ação organizada, a única via para se conquistar a paz e o respeito aos nossos direitos e a democracia que tanto queremos.
De Josefina Bacariça, Diretora-Presidente da Comissão Justiça e Paz de São Paulo
O momento é grande efervescência. Nele, revelam-se avanços na consciência e na ação. Clamores já não podem ser compreendidos como simples lamúrias. Lágrimas, embora dolorosas, não podem ser sentidas com passividade e conformidade.
A indignação, fartamente adubada pelas derrotas e frustrações, é passo decisivo que nos leva a buscar caminhos solidários e à organização para a participação, sem o que não pavimentaremos a estrada da sociedade democrática que sonhamos.
A educação de todos, compreendida como processo de aprendizagem, é fundamental para conhecermos as leis que nos protegem, a demonstrar nossos direitos e deveres. Todas as pessoas, sem exceção, ao conhecerem seus direitos e deveres verão nelas crescer a maturidade para a garantia de uma vida digna e respeitada.
É preciso defender o direito a viver com segurança, com saúde, com educação de qualidade, com habitação e com trabalho digno. Todos os crimes de sonegação de impostos, contrabando, tráfico de drogas, lucro abusivo, corrupção e outros são crimes contra os nossos direitos e para que sejam punidos com o rigor da lei, mas uma vez é preciso que os cidadãos estejam dispostos, por meio do conhecimento e da ação organizada, a exigir que o Direito seja respeitado.
Portanto, é a consciência, seguida da ação organizada, a única via para se conquistar a paz e o respeito aos nossos direitos e a democracia que tanto queremos.
Cada cidadão, por mais simples que seja, tem condições para conhecer seus direitos e deveres. E, ao conhecê-los dará o segundo passo necessário, que é o de partir para a ação organizada.
Muitos já estiveram, até a morte, engajados nesta luta e muitos, como nós, continuamos nela. É preciso fortalecer esse movimento que une todos e que sonham e sabem ser possível um mundo de abundância, de alegria, de saúde e de esperança. A nação será o que o povo desejar.
Muito está por ser feito e nada é perfeito. Não devemos ter a ilusão de encontrar tudo pronto e bem feito à nossa espera. Vamos encontrar tantos erros e injustiças, que podemos até fraquejar em um certo momento, mas não podemos e nem devemos desistir. Alguém muito inspirado já que disse que o caminho se faz ao caminhar.
Nossa história é resultado de persistência, de vontade guiada pelo sonho de felicidade que todos temos. Devemos construir no dia-a-dia a sociedade que sonhamos, porque, em última instância, somos os únicos instrumentos capazes de influenciar, de alguma forma, os destinos próprios e dos que nos cercam, de nossa família, de nossa cidade, de nosso Estado, de nossa Nação e dos da própria humanidade.
A nossa bandeira deve ser um sonho de esperança de um outro Brasil possível e diferente, não mais pela opulência de uns poucos e a miséria gritante das maiorias. Um Brasil de inclusão, com participação popular, de modo a realizar a utopia de ver todos dos brasileiros atendidos em suas necessidades básicas, como: alimentação, assistência de saúde, educação, trabalho com salário digno e aposentadoria que permita enfrentar as limitações da idade e para que as pessoas possam se despedir desse mundo agradecidas e não o maldizendo.
Segundo Leonardo Boff, “O povo Brasileiro tem um pacto com a esperança, com grandes sonhos e com a certeza de que se sente sempre acompanhado pelos santos e espíritos fortes a ponto de suspeitar que Deus é brasileiro. Isto é o que deve ser. E o que deve ser tem força invencível”.
Faço votos para que no Brasil os direitos e deveres dos cidadãos sejam divulgados o mais possível e devidamente explicados aos cidadãos que por quaisquer razão não os consigam intender, mantendo assim viva a sua esperança e fortalecendo dessa forma a verdadeira democracia, faço votos para que os políticos brasileiros sejam mais intervenientes nessa área, que tem sido os políticos portugueses.2009-08-22-Manuel Freitas- Baguim do Monte- Gondomar- Portugal.
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