terça-feira, 21 de julho de 2009

Uma das alternativas à cidadania: Educação!

Autor: Paulo. H. S Santos (1)


A revista Carta Capital publicou em seu site uma matéria do jornalista Gilberto Nascimento (2), na sua coluna “Políticas & Sociais”, na qual destaca o crescimento na estimativa das taxas de mortalidade de adolescentes, entre 12 e 18 anos, em 267 cidades brasileiras.
Entre os estados com maior índice de assassinatos de jovens estão Governador Valadares, em Minas Gerais, Cariacica, no Espírito Santo e Foz do Iguaçu, no Paraná, esse último com um dado de 9,7 homicídios para cada 1000 adolescentes.
As informações estão de acordo com uma análise do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), elaborado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, a ONG Observatório das Favelas e pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (UNICEF). Divulgado hoje (21/07), o índice segue a lógica do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde, assim como do IBGE, e mostra uma estimativa de que nos próximos 7 anos cerca de 34.000 jovens serão vítimas de homicídio no Brasil, antes de completarem 19 anos.
Diante das estimativas do IHA, uma das conclusões à que chegamos é a de que este cenário reflete a extensão do território sob o qual a população se encontra desassistida pelo Poder Público, pois uma das principais causas do aumento da violência é a ausência do Estado, promovendo políticas de cidadania ampla.
Vale ressaltar, no entanto, que a cidadania poderá ser promovida, também, por meio de redes sociais, que tenham como objetivo proporcionar a informação para que, unido a coletividade, o cidadão possa reivindicar a tutela do Estado em relação a suas necessidades e anseios. Um exemplo da necessidade do povo é a educação que, definitivamente, não vem sendo suprida pelo Estado nos últimos anos. Embora, o empenho dos professores brasileiros, principalmente aqueles que lecionam em localidades distantes e que não possuem os subsídios para realizarem seu trabalho, represente de certa forma, um importante e significativo critério para a redução desses índices.
Mas e o Estado? Esse deverá promover, por meio de programas de educação na rede pública, voltados aos valores sociais e aos principais conceitos de cidadania estabelecendo assim, os elementos para a construção de uma sociedade, cujo direito à vida, a liberdade e a segurança, como prevê o art. III da Declaração Universal dos Direitos Humanos, seja efetivamente exercido.
Portanto, sob a perspectiva dos Direitos Fundamentais, percebemos que a educação, com sentido de formação da consciência da cidadania, é, certamente, uma alternativa à transformação da sociedade.
Antes de finalizar, gostaria de pedir desculpas ao leitor pela redundância do discurso, porquanto, muitos já opinaram a respeito. Por outro lado é um discurso que dificilmente se tornará obsoleto, pela luta de todos nós!
É isso!

(1) Paulo H. S. Santos é acadêmico de Direito, na Universidade Nove de Julho.
(2) Gilberto Nascimento é editor da revista Carta Capital. Jornalista especializado em Direitos Humanos pela Universidade Columbia (Nova York), passou por veículos como Isto é, Correio Brasiliense, Jornal do Brasil, entre outros. Ganhou dez prêmios de jornalismo, entre eles o Wladimir Herzog de Direitos Humanos, o Prêmio Ayrton Senna de jornalismo e o Simon Bolívar do Parlamento Latino-Americano. Foi oficial de Comunicação do UNICEF.

Um comentário:

  1. A educação é um fator positivo de preservação da vida dos jovens, pois enquanto estiverem na escola não estarão expostos à crimilnalidade, outro fator é o lazer, principalmente o esporte.
    Outro fator muito importante é o trabalho, precisamos proporcionar formas de trabalho dignas para que estes jovens não se entreguem ao tráfico e ao crime em geral.
    O serviço militar obrigatório é uma cilada contra os jovens, pois dificulta a obtenção do primeiro emprego, numa idade em que o jovem quer ser independente financeiramente.
    O serviço militar obrigatório e proibição de trabalho antes da maioridade é um CRIME CONTRA A NOSSA JUVENTUDE.
    .
    José Geraldo da Silva

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